sexta-feira, 1 de julho de 2011

Quem mesmo? Ah, a Lílian.



Sou dessas que poderá te acusar por um erro, mas poderá te elogiar por algo incrível que você fez. Sou a louca que poderá ser compreensiva, mas que ainda assim será a louca. Sou a triste, depressiva, que poderá te fazer sorrir por horas e horas mas que quando chega em casa realmente se transforma no que é. Eu sei sorrir quando estou triste, sei me fingir de triste quando estou feliz. Por isso, sei ser várias em uma só. Pouco sei quem eu sou e pouco faço questão de saber o que realmente quero. Vou contar e recontar milhares de vezes a história que me marcou e assim, quero que me contem outras histórias.  Cansei de criar planos e de querer algo impossível. Quero algo calmo que possa me trazer algo diferente. Nada dolorido. Não sou bem resolvida, não sou a mais bonita e meu cabelo às vezes é horrível, mas sou essa que irá te ouvir, e irá te dar os melhores e piores conselhos. Te ajudarei a enfrentar o medo, e te ajudarei a suportar a dor.
Na verdade, sou o que quero ser. Posso ser a louca, a carente, a dominadora. Posso manipular, posso me arriscar, posso até enfrentar o meu passado. Mas jamais deixarei de ser o que sempre fui. Jamais vou esquecer de como lutei para esquecer pessoas e de como consegui sobreviver a cada perda. Sou Lílian, tenho dezenove anos, virginiana, sonhadora e muito complexa. E você? Quem é você? Qual é o seu papel na sua história? Se a dor vier, deixe que ela venha. Somente com o sofrimento aprendemos o que é o melhor. Quando a dor chegar, você saberá exatamente o que fazer. Sou sofrível, às vezes. Mas também sei ser cafajeste, e desapegada. Sou o grito, sou  o choro, o desespero, o problema em pessoa. Mas sou o carinho, a paz, e um pouquinho de sanidade. Afinal, quem consegue ser normal por completo? Quem consegue andar por aí conseguindo dizer nome de todas as pessoas sem deixar a tristeza chegar? Eu não consigo. E sou feliz por isso – ou quase feliz -

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