domingo, 18 de março de 2012



Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...

Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.

Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.

Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me
embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo,
faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir
desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!


Martha Medeiros

quarta-feira, 14 de março de 2012


E hoje vejo o vento vazio e gelado penetrando sobre minha pele. Causando uma espécie de leveza em minha alma. As árvores se balançam voraz mente, hora parecendo felizes, hora tristes, hora furiosas. E me vem na cabeça cada lembrança do meu passado. Vejo que tudo valeu a pena. "Pena?!" palavra errada. Mesmo vendo que cada coisa que passou foi boa, e outras coisas ruins. Não me arrependo de nada do que fiz, e sim do que deixei de fazer. E hoje, o brilho do sol, o balanço das árvores poderiam não ter me dito nada. O vento gelado poderia ter feito eu fechar a janela rapidamente. Mas eu fiquei ali, parada, observando. E quando fechei os olhos imaginei cada momento que vivi, e pude ouvir um universo inteiro vibrando á minha volta. E só uma palavra pulsava em minha mente: continue.



Letícia Nogara

terça-feira, 13 de março de 2012


Lembranças que eu não queria lembrar tomam conta da minha cabeça. Isso será algum sinal?' Ou coisa parecida?' Sei que a vida é exatamente de um jeito que ninguém consegue entender. Eu tenho minhas teorias sobre a vida, todo mundo têm. Mas a minha, muda a cada dia. Me engano, erro, vejo que não era assim, mas infelizmente queria que fosse. A dor pra mim é frequente, mas a minha teoria sobre a dor que sentimos em vários momentos da vida é exatamente o contrário, no meu pensamento essa dor que insiste em ficar dentro de mim, esses problemas que insistem em aumentar. São passageiros. Assim como o nosso tempo. Tempo é passageiro e bipolar. E ninguém nunca poderá mudá-lo.


Letícia Nogara
Essa coisa que chamo de tristeza. Parece que passa. E de repente a sinto vindo em minha direção. Quanta angústia não? Eu só espero. Não tem mais o que fazer. Penso em coisas boas. Fecho os olhos. E que a dor comece...


Letícia Nogara

segunda-feira, 12 de março de 2012

Hoje começou, ontem nem me lembro. Meu pensamento foge, você fugiu e não voltou. Estou sem tempo para me questionar, nem para ter cuidado, nem para mim mesma. Mas nunca se sabe, cada passo uma descoberta. E tavez em cada tombo, o surgimento de nossos destinos. Enquanto estou aqui, tudo o que sei, é que tudo ainda é vida. ás vezes está tudo tão ruim, que acabo não chamando isso de vida, mas você sabe, e no fundo eu sei que continua sendo vida, apesar de tudo. E que isso tudo vai passar. O mundo dá voltas, é sempre assim. Eu sinto que aos poucos, novas ideias vão surgindo. Eu ouço as palavras como quem ouve alguma música lembrando de alguém, ouço as palavras como quem escuta chover. Não podemos nos enganar, não podemos também só acreditar. Os passos em falso, desacreditam o acreditar. Vou chorar, vou sorrir, vou lembrar e sonhar. Agora fecharei os olhos como quem acredita. Ah, já amanheceu. Hoje: Um novo dia.



Letícia Nogara.
Você realmente não sabe como é estar no meu lugar. Ninguém nunca saberá como estar no seu lugar. Amor, dor, ódio, orgulho, frases soltas dentro de uma mente. Loucura, paz, bem estar. Palavras repetitivas dentro de uma cabeça. Eu. Olhos perdidos dentro de um ser. Você. Palavras, frases, e olhos perdidos em você. E depois de amor, dor, ódio, orgulho, paz e bem estar só existem sentimentos guardados dentro de mim.


Letícia Nogara.

Estou dando um passo a frente, só tenho medo de cair e de me esquecer. Mas enquanto escrevo descobrirei minha identidade. Não sei como começar, não sei como continuar ou se vou parar, mas quando escrevo, meus sentimentos fluem sem destino. As coisas não são tão fáceis assim, penso, logo choro. Escuto, logo reflito, sigo e logo caio. As coisas realmente não são tão fáceis assim. Pensar requer cérebro e bons pensamentos, e isso é uma coisa que ainda está se desenvolvendo dentro de mim. Assim como a minha capacidade de perceber e acreditar que um dia vou ficar marcada nesse mundo. Enquanto uns observam, outros falam, alguns pensam e acreditam... eu sinto.


Letícia Nogara.

As formas que temos de demonstrar nossos sentimentos acabam nos prendendo em coisas irreais e flutuamos por aí sem rumo. Como se estivéssemos em um lugar sem saber o porquê de estarmos lá. Como se sobrevivessemos sem saber para que. Estamos aqui. Estamos vivendo, e essa coisa que chamamos de vida, vezenquando consegue nos fazer cegos. Quem dera se conseguíssemos enxergar tudo que está bem na nossa cara. Mas a vida é assim. Ela nos engana. E acabamos sobrevivendo em um mundo virado. Definitivamente, em um mundo de ponta cabeça. Mas o bom disso tudo, é a brisa leve que o vento nos tráz nesses momentos, que literalmente nos jogamos e nos sentimos fora desse mundo cheio de merda que acabamos criando. Existem muitas formas de se viver, e nunca se é a correta. Pudera eu escolher sempre a opção certa em momentos equívocos. Não gosto de me iludir. Mas de certa forma, eu gosto de sonhar. No fim de tudo, você vai perceber que as sensações de perdição que sentimentos, não tem consequência nenhuma. Apenas de nos fazer perceber, e colocar logo dentro de nossas mentes, que estamos aqui pra viver. E não apenas andarmos por aí para vermos cada oportunidade sumir como o vento.



Letícia Nogara.

sexta-feira, 9 de março de 2012


Cada segundo é uma ameaça. Dúvidas, incertezas e medo tornam-se mais dominadores quando não queremos agir de acordo com nosso ciclo natural. Se perder, desistir, parecem ser as melhores coisas a serem feitas. De acordo com uma teoria, seremos felizes para sempre se conseguirmos fazer as coisas que queremos fazer. Creio que isso seja verdade, até um determinado momento. Acredito eu, que para ser feliz, é necessário vencer os medos e fazer as coisas que achamos que são melhores para nós, e nem sempre essas coisas são como em contos de fadas onde encontramos o paraíso, um príncipe e vivemos felizes para sempre.

A vida não é um conto de fadas. Não há como ser feliz o tempo todo. A vida torna-se algo clichê quando se é feliz o tempo todo. Não há vida sem problemas. Sinto pena daqueles que pensam o contrário. Se perguntam porque acontece determinada coisa na nossa vida. Se perguntam se merecem determinado sofrimento. E sabe o que eu acho? Que merecem sim! Só sofremos quando fazemos coisas erradas, e as certas também. Não existe essa coisa de: Escolher. Vivemos, só vivemos.

Meu sofrimento se torna útil a todo momento. Quanto mais sofro, mais forte me torno. Já conversei comigo mesma sobre essa coisa de viver. E a resposta foi apenas, uma palavra: Foda-se.
A vida é assim mesmo, se você fez algo errado, não tem o porquê de ficar com o peso do problema na consciência. Não mais pergunto a Deus o porquê do meu sofrimento, porque eu sei que mereço. Querendo ou não, sendo triste ou não. Eu sei que o mereço.

Numa certa tarde. Olhei para o céu. As gotas da chuva se misturaram com as lágrimas do meu rosto. E quando estou com contato com a chuva, meu sofrimento se lava. Como se existisse um sofrimento em carne viva. Sinto falta da felicidade, e o vento me leva aonde eu tenho que chegar, a vida me leva. Mesmo chorando, mesmo sorrindo, mesmo amando, ou sonhando. A vida me leva. E eu quero viver. SÓ viver.


Letícia Nogara.
 
Olhe no fundo dos meus olhos, amor. Perceba a falta de ar que você me provoca. Sinta o suor nas minhas mãos e meu nervosismo só de te olhar. Esse mundo já me fez sentir tanto solidão, mas esse mundo me trouxe você que fez tudo isso passar. Você é meu chão. Só queria ter a certeza de que você nunca vai me deixar cair. Não solte a minha mão. Vai doer quando você soltar. Não saia daqui. Não suma. Você é o único motivo dos meus sorrisos em dias de chuva, onde a melancolia predomina. Permaneça ao meu lado. Para sempre. Queria ouvir isso de você. PARA SEMPRE. Me faça crer que tudo será além do que eu posso imaginar. Me faça acreditar que tudo está bem. Me dê razões para respirar. Me ame. Acredite em tudo que eu sempre lhe digo. Não ligue para os outros falam. Perceba a minha verdade. O amor é o que faz o mundo. É o que ainda me resta. Você é o que ainda me resta. Quero ter você ao meu lado até a última folha do outono cair. Até a última flor da primavera nascer. Até o último ar fresco do inverno soprar. Até o verão acabar. Você sabe o que eu estou falando. Quero ter certeza de que o amor é belo. Belo como todas as coisas. Quero acreditar que tudo irá ficar bem ao te abraçar. Quando te abraço esqueço do resto do mundo. Nem precisaria lembrar. Você é meu mundo. Só basta você acreditar.
 
 
Letícia Nogara.
Quando a vida perde o sentido. O que nos resta é entrar em qualquer caminho que seja. Apesar das dúvidas, qualquer caminho é uma saída. E qualquer saída nos tráz a felicidade. Só nos basta saber como agir em cada encruzilhada. Porque não adianta encontrar o caminho certo, se no meio dele, você ficar perdido.
 
 
Letícia Nogara.


Sinto-me inerente aos sentimentos, incapaz de sofrer pelo que ainda não passou. Paz. Apenas paz. Lembro-me da tristeza e meio-que-do-nada meus olhos ficam lacrimejantes recordando daquilo que não é apenas fruto de um pesadelo que me fez perder o sono por tantas horas. Me peguei pensando naquilo que não devia, recordando daquelas velhas fitas cassetes que gravei em minha imaginação em momentos em que a solidão tomava de qualquer lugar onde eu habitava. Apesar de tudo, eis que sorrio. Tenho muita sorte. Suponho que relembrar do passado faz com que eu tome um banho de realidade e acorde para aquilo que até então não havia notado.
Tudo está bom. Muito bom. Quanto mais o tempo passa dou-me conta de que tudo que acontece à minha volta não é ruim como aparenta. Ainda sorrio. Porque sei que por mais que haja tempestade, ainda existe um lindo dia ensolarado, sorrindo, esperando pra nascer, pois uma das coisas que eu aprendi e nunca mais esquecer é que por mais que a vida seja dura, o tempo vai apagar aquilo que me feria e tocava cada vez mais as cicatrizes que os erros do passado provocaram.
Antes dos sonhos, a paz não se faz. A paz não se desfaz. A paz é inexistente pelo simples motivo de que você não têm idéia do que irá acontecer daqui a um minuto, uma hora, um dia, um mês, um ano. Você só vive o agora. Sem ter certeza do que te espera na linha de chegada dos sonhos. Ou até mesmo pensa como eu. Acredito que por mais que os sonhos pareçam coisas criadas pela minha cabeça pra eu finalmente acreditar na felicidade, eu espero por eles. Espero pra sorrir pra mim mesma na frente do espelho todos os dias. E perceber que o brilho dos meus olhos nunca vai se apagar enquanto eu acreditar naquilo que realmente quero acreditar.


Letícia Nogara.

quarta-feira, 7 de março de 2012



Sempre quis um homem que me visse como sou. Que percebesse os meus sinais e minha cara amarrada. Que entendesse que meu sorriso às vezes é um simples disfarce. E que no fundo eu sou uma pessoa que sente tudo de forma intensa.
Sempre quis alguém que me ouvisse. Não as bobagens que falo de vez em sempre. Mas o que minha alma não sabe dizer. Que fizesse esforço para captar tudo que não sai da minha boca.
Sempre quis uma pessoa que fosse de verdade. Que tivesse um sentimento puro, que me respeitasse, me valorizasse e, principalmente, soubesse o significado da palavra sinceridade.
Sempre quis alguém com personalidade. Não precisava ter os mesmos gostos e desgostos. Não precisava curtir as mesmas músicas e filmes. E se não gostasse de salada de batatas, tudo bem. Personalidade é importante. Autenticidade, também. É que a gente nunca pode esquecer de ser quem é.
Sempre quis alguém com defeitos. É que aquela fase de querer um homem alto, de olhos verdes, carinhoso, romântico, divertido e com um olhar de canalha ficou lá nos meus 18 anos. Depois de um tempo, a gente percebe que existem coisas muito mais importantes do que belos olhos verdes. Além do mais, perfeição não existe. Ninguém é carinhoso, romântico e engraçado o tempo inteiro. Amor de filme é uma coisa, já o dia a dia é bem diferente. E muito mais gostoso.
Sempre quis um homem que me apoiasse. Que não achasse besteira os meus sonhos. E que me desse força em cada projeto. Que me emprestasse o ombro em cada desilusão.
Sempre quis um homem maduro. Que me tirasse das nuvens de vez em quando. Que me mostrasse outros caminhos, que me desse novos rumos.
Sempre quis alguém para sonhar junto comigo. Porque a gente espera muito pelo futuro. E quando o amor chega não tem nada melhor do que ir em busca do que virá de mãos dadas e coração coladinho.
Hoje eu entendo que sempre quis você. Ainda bem que te tenho.


Clarissa Corrêa


Desde bem pequena invento o meu mundo. É que lá fora é escuro demais, faz frio demais, é sujo demais. Descobri: é demais pra mim. Tenho um lado bem bobo que ainda acredita na bondade das pessoas. Só que a vida me trouxe um lado que desconfia, ergue a sobrancelha e fica com o pé atrás.
Nascemos puros, livres de máscaras e proteções. Com o tempo e os acontecimentos, vamos formando uma casa, uma armadura. E vamos, devagar e sempre, produzindo o veneno da ironia. Ser irônico às vezes é a melhor saída. Bem melhor do que gritar, falar novecentos desaforos e partir para a ignorância.
Nunca gostei de baixaria, bate boca e pontapés. Só que a minha paciência tem limite. Na verdade, acho que tudo na vida tem limite. Até mesmo a educação. Chega um ponto em que você perde tudo. Inclusive a paciência. Por isso, fala coisas e se arrepende, faz coisas que se arrepende, age na base do impulso.
Ninguém é de ferro nem santo, mas me choco com a maldade humana. Com falsidades, com gente que dá um sorriso aqui e faz bonequinho de vudu ali. É assustador. Sei que tem coisas que assustam – e muito. Ligar a televisão no Jornal Nacional, por exemplo, é uma das coisas mais desagradáveis que existe. Desabamentos, assassinatos, espancamentos, acidentes, desastres. Ler o jornal todo santo dia também não é muito legal.
Eu sei, sei que este é o mundo real. Mas juro que queria uma vida inventada. Não um paraíso cor de rosa, mas um mundo em que a gente não tivesse essa descrença nas coisas e nas pessoas. Um mundo em que você pudesse confiar no próximo. Um mundo em que não atropelassem uma criança sem prestar socorro. Um mundo onde um pai não matasse seus filhos para pendurar no varal. Um mundo onde não espancassem um cachorro até a morte. Um mundo onde uma mulher ciumenta não esfaqueasse o marido. Um mundo onde houvesse respeito, educação e limites. Porque isso está faltando: limite. Esse espaço é seu, aquele ali é meu. Vamos tentar conviver bem, sem invasões, sem alfinetadas, sem puxões de cabelo, sem golpes baixos.
Você não precisa ser melhor amigo do colega de trabalho, do vizinho do andar de baixo, do frentista do posto de gasolina, do motorista do carro ao lado. Só precisa ter educação e respeito. Se todo mundo pensasse assim o mundo só andaria pra frente e existiria bem menos violência.


Clarissa Corrêa