sábado, 12 de janeiro de 2013

Ah, não. Para com isso. Chega de pensar besteira, de dar trela para as neuras, de ficar achando que não pode e nem deve ser feliz. Por que a gente é assim? Por que não nos permitimos aproveitar os bons momentos e projetos? Sempre tem o diabinho que fica cutucando e lembrando que tudo, tudinho mesmo, pode dar errado.
 
As dúvidas ficam pulando amarelinha na minha cabeça. Será? Será? Mas será? E eu, louca e cansada, suspiro. Penso que mais gente deve se sentir assim, procuro meditar, afastar o que não presta de dentro da mente. Nem sempre funciona. Nem sempre consigo. Nem sempre eu venço. E me pergunto: por quê?
Tanta gente é feliz sem culpa. Tanta gente consegue dormir sem mil coisas ficarem rondando os pensamentos. Tanta gente consegue relaxar. E eu, doida de pedra, me sinto culpada. Carrego pesos de terceiros. Na hora de dormir os questionamentos mais estapafúrdios chegam para me fazer (má) companhia. Meus ombros vivem tensos. Mesmo de férias não consigo relaxar completamente. Sinto minhas costas travadas, duras, fora de sintonia.
 
Quem sabe um dia consigo?, me pergunto com frequência. Acho difícil, já que sempre fui assim. Quando tudo vai bem eu acho que daqui a pouco a coisa vai degringolar. Que algo ruim pode acontecer. Que posso descobrir uma doença incurável. Que algo vai desmoronar.
 
Não, não pense que sou pessimista. Muito pelo contrário, sou toda vestida de otimismo. Mas eu tenho medo, muito medo. Medo de não conseguir, de não chegar lá, de não ter sucesso, de não conseguir as coisas que quero, de deixar tudo pela metade, de ficar perdida no meio do caminho sem luz, sem água, sem vida.
 
Espero que um dia eu melhore. Deixe de lado essa coisa toda, essa ladainha preta e branca, essa maldita mania de pensar. Pensar nem sempre é bom, entende? Pensar às vezes só complica tudo, só empaca a vida, só atrapalha o andamento das coisas.
 
Vou ficar aqui torcendo. E se você também tiver alguma dessas maluquices rondando a sua vizinhança, juro que vou torcer pra você também.
 
 
Clarissa Corrêa

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Linda declaração de um homem.


Mulheres são todas lindas, isso é uma verdade. Algumas são mais que outras não apenas pela exteriorização dos traços físicos ou da fotografia que apresentam em público, mas sim pela exteriorização da beleza interior - não perceptível ao primeiro olhar apenas. Assim é essa "linda Mulher Negra" a quem tanto amo e escolhí para ser minha companheira. E juntos compartilhamos bons e maus momentos, sempre procurando maximizar os bons e minimizar os maus. E tem dado certo, afinal, estamos juntos há mais de uma década. Tal qual qualquer relacionamento, o nosso também é feito de encontros e desencontros, a diferença está na forma como lidamos com eles - nos encontros procuramos aproveitar ao máximo e levar deles apenas memórias positivas enquanto que nos desencontros procuramos abster-nos de decisões relevantes sobre nós dois e resgatar memórias positivas dos encontros anteriores para perceber que ainda vale a pena continuar juntos apesar dos desencontros. Isso nos fortalece de tal maneira que quando colocamos sobre a balança os encontros superam os desencontros fazendo com que percebamos que ainda vale a pena estar juntos, e valerá muito mais. Por mais que homens sejam todos iguais, por mais que mulheres sejam todas iguais - e isso não é de tudo uma inverdade - companheiros (as) são diferentes e é isso que nos faz permanecer companheiros um do outro, pois, nossas similitudes com o gênero homem ou mulher não nos torna iguais enquanto companheiros. Sabemos respeitar e amar mesmo diante das iguldades e diferenças de opiniões. E assim somos felizes, não sempre é claro, afinal, felicidade é um estado de espírito, uma linha pontilhada e não uma reta sem intersecção. E hoje, decorrido mais de uma década de convivência estou certo de que fiz a escolha certa. Se tivesse que recomeçar a escolheria novamente para ser minha companheira e corrigiria algumas falhas minha, é claro, para que alguns seccionamentos da nossa "linha pontilhada de felicidade" fossem preenchidos, mesmo tendo consciência de que sempre haveria espaços por serem preenchidos, já que a felicidade não se alcança na plenitude devendo ser buscada a cada e em cada momento. Assim somos nós, um casal que sorrí juntos e sabe compartilhar dos bons e maus momentos sem perder o encanto pela vida nem o respeito um pelo outro. Minha "Negra linda", minha "Preta", você é a mulher que continua a me encantar. Te amo.



Adagilson Lima