terça-feira, 20 de setembro de 2011


Um dia a gente acorda e vai dormir pensando que seria melhor ter permanecido na cama. As noites parecem ter o poder da cura. Ao mesmo tempo que também são guardiãns de insuportáveis agonias. É só dormir que a dor de cabeça sara, que o mal estar passa. É só dormir e acordar para um dia novo. E quem sabe, um mundo novo. Olhar para o lado e notar que tudo passa. Tudo passará. De forma simples. Sem avisos. Feichar os olhos na intenção de diminuir uma tontura... Passam as horas, chegam os problemas, o mundo gira e ninguém vê. Sem precedências.  Meu estômago nunca foi dos melhores, mas as ânsias se tornam cada vez mais frequentes. Repulsa. Negação. Acontece quando saimos do conforto de nossos umbigos e entendemos de quantas camadas é feita a pele. Ninguém tem a intenção de se perder, eu suponho. Ao menos, eu não tinha. Se perder no sentido de se distanciar tanto do que se é, ao ponto de se esconder no que são os outros. No que eles deixam de ser... A procura por respostas é imensamente maior quando se sabe que não as terá. Quando não se sabe nem que perguntas devem ser feitas.



Thaís R.

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